sábado, 11 de julho de 2009
Meia Liberdade
Antes de tudo, o que estou prestes a escrever não é um texto poético, é mais um desabafo ou pensamento...
Eu estava ali e com música de fundo, o jazz. Pessoas sentadas, aparentemente concentradas ao belo sonoro que saia de cada instrumento. Eu, não sei bem se concentração era algo pertencente a mim naquele momento, mas digo que tive meus momentos. Não que eu não seja apaixonada por jazz, muito pelo contrário, mas é que como sempre meus batimentos tomavam conta do que eu chamo de mente. E incrivelmente meus pensamentos passaram por vários pontos importantes, claro que para mim.
Eu estava engajada em alguns objetivos naquela noite, objetivos que exigiam certa elegância e compostura. Tudo bem, sem palavras belas, sendo mais direta... Havia alguém em que eu estava um tanto quanto interessada. Então, como se eu não fosse grandinha, pensei em vários assuntos para manter uma conversa entre as pausas de uma música e outra, estava claro para mim que eu estava levemente ansiosa. Normal, o que há de tão extraordinário nisso? A questão não é esse relato que acabo de fazer, mas o que vou começar a explicar agora. Mesmo com aquele perfume incrivelmente bom, mesmo eu jurando para mim mesma, horas antes, que eu estava começando a me libertar de outros sentimentos, mesmo os mil pensamentos sobre como abordar o "alvo", mesmo com tantas coisas em volta e risadas de amigos, mesmo com esse muito, aquele velho-adorável-ruim pensameto apareceu com poder várias vezes. O que me deixava confusa, porque, como eu disse horas, antes eu havia jurado para mim mesma que as coisas estavam mudando. É como se aquele sentimento quisesse se reafirmar diante a todas as vontades que eu tinha ali. Vontades que iam contra ele. Bom, chego aqui, em meio ao aconchego do lar percebendo tantas coisas... Percebo que eu já deveria saber que me empolgar com outras pessoas não muda nada, afinal eu já tentei isso antes no ano passado. Percebo que eu estou sim livre, pois consigo me empolgar pelo menos e se essa empolgação render história eu não me frearei, mas não estou livre por completo. Felizmente ou infelizmente não estarei... Minha visão romântica e o meu eu me fazem crer que o amor, com o real significado, sentido e peso, não se perde, não se apaga, não se esquece. Ele se mantém, ali onde brotou. O meu amor? Continua forte, intenso, belo e sem medida. Continua quente, tão quente que às vezes queima.
Eu sei que pode parecer cansativo sempre ler sobre isso, pode parecer piegas tudo o que escrevo, mas acontece que eu só escrevo o que sinto e vivo.
Voltando, então, ao momento. Eu não digo que aquela noite estava ruim, muito pelo contrário... Música que eu gosto, pessoas que eu gosto, ambiente agradável, tudo perfeito. Mas... Aos bons entendedores, melhorando a minha frase sobre não estar livre por completo: o ponto é que eu estou livre, mas não sou livre. Percebem a diferença? Assim como eu também estou feliz, mas não sou feliz. Ser e estar são verbos muito diferentes. Só sei que eu trocaria a estilo de música que eu gosto por uma única música (significativa), as pessoas pela pessoa amada, o ambiente por qualquer outro em que ele estivesse, e o aconchego do lar pelo aconchego dos braços dele. Trocaria, sem pensar, sem levantar dúvida sobre minha escolha. Trocaria, e ponto. Se por sorte tivesse eu a chance de voltar ao tempo, trocaria tudo por uma data específica (22/11/2008).
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