sexta-feira, 25 de abril de 2008

Coleção

Tenho colecionado sonhos. Tenho colecionado saudade. Tenho colecionado palavras. Palavras que queriam pular pra fora da minha garganta. Tenho me colecionado todos os dias. Minhas memórias, meu ar, minha emoção. Tenho colecionado você, mesmo sem querer. Poderia até fazer um álbum de coleções, mas não sei se caberia, porque isso já não cabe nem mais em mim. Colecionei palavras que queria que tivessem sido ditas para o vento, mas quando acho que esqueço, não é o vento que as traz... É, talvez a única coisa que eu tenho tentado colecionar e não consigo é o esquecimento. Figurinha difícil de achar.

segunda-feira, 14 de abril de 2008


Tão dilatado, esse sentir ocupa um espaço. Faz tornar consciente o subconsciente. E cada milímetro, cada poro vai se tornando puramente a flor da pele. É o querer saber a mais, é o egocentrismo se destacando e se escondendo. Se disfarçado em meio ao que é coerente não ser. O egoísmo discreto se torna um defeito presente, como ar. E conte-me quantas horas, quantas vezes e se existe intervalo nesse tempo. Se são inspiradas profundas e suspiros longos. Se a boca cala e os olhos falam. Se o mundo silencia e os gestos fazem barulho. Não é um anseio só da mente, não...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Aberto.

Lembra quando o possível era impossível? Tantas foram as vezes que voltar ao tempo foi uma tentativa em vão e sem fins lucrativos. Tantas foram as vezes que o tempo viveu como um carrossel. Tantas foram as vezes que o tempo fez mal a memória que eu já me esqueci. Esse misto de sensação me tem dado ânsia. Nunca fez bem misturar as coisas. Tal drama já virou dilema.
Palavras perdidas em um pensamento desconexo. A incoerência leva a coerência. Estranho é quando você acaba esquecendo, lembrando, pensado o repensado e o dito. Pois quando mais se pensa mais longe do fundo você se encontra. Então deixa a corda te puxar que um dia você chega a algum lugar... Virou desafio.
Às vezes brinca-se com tudo, quando não é pra se brincar. Às vezes aposta-se tudo, quando não dá para apostar. Essa mania de perto longe, de longe perto. Não me parece coisa de gente sensata, mas dizem por aí que existe um tal de referencial. Então, eu nem sei.
Como poeta apaixonado: oras sofredor experimentando o limão amargo, oras alma rica de tanta felicidade.
Quem foi que tirou o doce da criança? Foi aquela coisa que se sente , mas não se vê. Aquela coisa pintada de vermelho.