sábado, 14 de novembro de 2009

Hoje

A música faz vibrar de novo dentro de mim o escrever. Talvez porque ultimamente o que eu tenho feito é reprimir desejos nascidos de um sentimento grandioso e verdadeiro. E, de alguma forma, eu tinha que externar esse vibrar intenso...

Hoje fui procurar uma blusa, ela estava em uma gaveta que eu não costumo abrir e em cima dela tinha uma foto nossa. Não me recordava que a fotografia estava ali. Eu sorri, e sorrir me fez lembrar como é o seu sorriso... Aquele sorriso que só eu recebia. Aquele... Então lembrei do meu sorriso ao ver o seu. Fechei os olhos, recriando os quadros dos nossos dias, lembrei do nosso sorriso. Me veio aquele aperto, como se meu coração quisesse sumir, parecia do tamanho de uma ervilha, era a saudade abraçando-o intensamente. Dirigir me fez lembrar de uma aliança, andar naquele velho caminho me fez lembrar de você vindo em minha direção. Lembranças e mais lembranças me contornando. Essas situações, acrescentadas as músicas e filmes, me inquietaram. Meus sentimentos ganharam mais força. Belos sonoros e cenas são como combustível e hoje esses combustíveis estiveram mais do que presentes. Tudo está mais forte, intenso, maior, quente, destemido...

Nessa exata hora, existe um vulcão em meu peito, com todo o seu calor querendo se expandir... Querendo alcançar você, consumir você. Hoje, eu não responderia por mim. Não apostaria no meu poder de contenção. Não me julgaria mais forte do que esse turbilhão, do que essas explosões...Hoje, se eu ouvisse sua voz, minha respiração pesaria. Hoje, se minhas mãos encontrassem você, elas o acariciariam. Hoje, se meus olhos alcançassem os seus, eles espelhariam o quanto eu te quero. Hoje, o meu silêncio não existiria diante de você. Hoje, eu diria que te amo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now
And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
And sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

Ando longe de canetas e papéis, mas coloco esse pedaço de música, pedaço meu.

sábado, 11 de julho de 2009

Meia Liberdade



Antes de tudo, o que estou prestes a escrever não é um texto poético, é mais um desabafo ou pensamento...

Eu estava ali e com música de fundo, o jazz. Pessoas sentadas, aparentemente concentradas ao belo sonoro que saia de cada instrumento. Eu, não sei bem se concentração era algo pertencente a mim naquele momento, mas digo que tive meus momentos. Não que eu não seja apaixonada por jazz, muito pelo contrário, mas é que como sempre meus batimentos tomavam conta do que eu chamo de mente. E incrivelmente meus pensamentos passaram por vários pontos importantes, claro que para mim.
Eu estava engajada em alguns objetivos naquela noite, objetivos que exigiam certa elegância e compostura. Tudo bem, sem palavras belas, sendo mais direta... Havia alguém em que eu estava um tanto quanto interessada. Então, como se eu não fosse grandinha, pensei em vários assuntos para manter uma conversa entre as pausas de uma música e outra, estava claro para mim que eu estava levemente ansiosa. Normal, o que há de tão extraordinário nisso? A questão não é esse relato que acabo de fazer, mas o que vou começar a explicar agora. Mesmo com aquele perfume incrivelmente bom, mesmo eu jurando para mim mesma, horas antes, que eu estava começando a me libertar de outros sentimentos, mesmo os mil pensamentos sobre como abordar o "alvo", mesmo com tantas coisas em volta e risadas de amigos, mesmo com esse muito, aquele velho-adorável-ruim pensameto apareceu com poder várias vezes. O que me deixava confusa, porque, como eu disse horas, antes eu havia jurado para mim mesma que as coisas estavam mudando. É como se aquele sentimento quisesse se reafirmar diante a todas as vontades que eu tinha ali. Vontades que iam contra ele. Bom, chego aqui, em meio ao aconchego do lar percebendo tantas coisas... Percebo que eu já deveria saber que me empolgar com outras pessoas não muda nada, afinal eu já tentei isso antes no ano passado. Percebo que eu estou sim livre, pois consigo me empolgar pelo menos e se essa empolgação render história eu não me frearei, mas não estou livre por completo. Felizmente ou infelizmente não estarei... Minha visão romântica e o meu eu me fazem crer que o amor, com o real significado, sentido e peso, não se perde, não se apaga, não se esquece. Ele se mantém, ali onde brotou. O meu amor? Continua forte, intenso, belo e sem medida. Continua quente, tão quente que às vezes queima.
Eu sei que pode parecer cansativo sempre ler sobre isso, pode parecer piegas tudo o que escrevo, mas acontece que eu só escrevo o que sinto e vivo.
Voltando, então, ao momento. Eu não digo que aquela noite estava ruim, muito pelo contrário... Música que eu gosto, pessoas que eu gosto, ambiente agradável, tudo perfeito. Mas... Aos bons entendedores, melhorando a minha frase sobre não estar livre por completo: o ponto é que eu estou livre, mas não sou livre. Percebem a diferença? Assim como eu também estou feliz, mas não sou feliz. Ser e estar são verbos muito diferentes. Só sei que eu trocaria a estilo de música que eu gosto por uma única música (significativa), as pessoas pela pessoa amada, o ambiente por qualquer outro em que ele estivesse, e o aconchego do lar pelo aconchego dos braços dele. Trocaria, sem pensar, sem levantar dúvida sobre minha escolha. Trocaria, e ponto. Se por sorte tivesse eu a chance de voltar ao tempo, trocaria tudo por uma data específica (22/11/2008).

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Por mais que eu saiba que não faz sentindo algum sentir certas coisas, quando eu escuto outras certas coisas, como nomes de pessoas,lugares, histórias...Bom, ainda me pesa, me flameja. Por mais que eu tente evitar, lute, tente arrancar... Não muda.
Esse estar perto-longe, só me incendeia mais e mais, deixando meu coração em pó. Então, mesmo com essa saudade esfomeada, mesmo com o estado de felicidade que eu atinjo com poucas palavras trocadas entre nós, esse misto de sensações não vai me fazer bem, não consigo digerir. Decido com nó na garganta e descompasso cardíaco que é melhor permanecer longe, até mesmo sem se comunicar...Não nego que isso me arde da mesma forma, que sinto falta até de trocar informações pequenas, que sinto falta de dividir minha vida, mas preciso esquecer por completo. Sem me ferir-alegrar com pequenos momentos presentes. Chama-se se amar. Eu sei que fiz uma promessa de guardar as lembranças materializadas, mas não posso e não consigo mais. Dever em esquecer, mas como se esquece de amar?

domingo, 7 de junho de 2009

Adeus

Móveis Coloniais de Acaju


Quando eu vivo esse encontro,
Eu digo adeus
Refaço os meus planos
Pra rimar com os seus

Abandono o que é pronto
E digo adeus
Eu trago os meus sonhos
Pra somar aos seus

E toda vez que vier
Felicidade vai trazer
A cada vez que quiser
Basta a gente querer
Ser desta vez a melhor

E toda vez que vier
Felicidade a mais
A cada vez que quiser
Basta a gente dizer
Só uma vez
Uma só voz

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Estranho

Estranho a maneira como minha certeza é incerta. Estranho minha constante incontância. Estranho... Estranho como ainda carrego o signo de cada segundo vivido, mesmo que eu insista em não querer. Estranho como me doma a ira,como ela aquece meu peito e como a mesma perde o fevor tão rápido, nem chega a glória. Estranho essa convivência entre meu egoísmo e minha compaixão, minha incondicionalidade sentimental. Estranho eu não saber combater isso, mesmo que tenha marcas da mesma batalha. Estranho estar cheia e vazia. Estranho eu não saber me defender da saudade. Estranho...Estranho esse repugnar e anseiar. Estranho como ganho e perco o ar. Mais estranho ainda é você ser a causa do meu falecimento e renascimento, como veneno que pode matar e que também pode curar... Mas na verdade, estranho seria se eu não te amasse.



I miss you.




Na foto, sorvete de pistache,um signo pra mim...

terça-feira, 12 de maio de 2009

O meu Libertà.





O ponto é...Sinto falta de estar com ele pelo o que eu era com ele, eu era eu mesma. Sem sorrisos fingidos, sem gargalhada contida, sem postura pensada, sem fala articulada...Simplesmente eu. Sinto falta de ser eu. Sinto falta de ser o que eu era com você. Sinto falta de estar a vontade. Sinto falta do meu Libertà.