segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Infravermelho

Janela, vento, tecidos e o encontro dos amendoados.
O barulho do relógio é inexistente, o tempo deixa de ser importante, passou a ser nada. Enquanto o sol caminha em direção ao nascimento e a lua se esconde, o filme continua a passar na tela escura dos olhos. E na tela os amendoados vão ganhando brilho, se aproximando, ascendendo e passam a ser avermelhados, lindos castanhos avermelhados. A bomba vermelha dentro do peito passa a acompanhar o ritmo, o ar passa a sair e a entrar com maior força e a ocupar maior espaço. O filme começa a ganhar trilha sonora. Linhas vão se encontrando e surgindo, as bocas ganham uma linha curva que se abre mostrando os diamantes brancos brilhantes. Mãos desenham o abstrato, a suavidade. E mais linhas chamadas sorrisos de diamantes aparecem...
No externo: vento, vento, vento e a cor cereja-escura do cabelo ganha mais vida com os braços do sol aparecendo pela janela. O contador de segundos parece ter ganhado tanta vida que transforma aquele filme em borrão. É, a tarefa de ter que despertar às vezes é tão inconveniente.
Vento, vento, vento... Calor e copo d’água, um começo de dia cheio de rosas bem vermelhas plantadas na madrugada.

3 comentários:

Eva disse...

perfeito como vc narra!
=)

identifiquei-me com o texto!

;)

infra-red!

Kcilda disse...

nossa, que lindo!
amey =D

;**

Marcela Fernanda disse...

perfeito!

adooro layouts atualizados o/ rs, bjao