quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Vento.

Como quando se é criança e você ganha um presente que nunca imaginava ganhar. Olhos como estrela e bochechas como cerejas. Como quando uma ventania forte entra pela janela e tira tudo daquela velha ordem. Tão desordenado e você se perde em meio a tamanha desordem que a ventania causou.O curioso é: você não reclama, porque em meio aquele calor você pedia pelo menos uma brisa. Nunca uma ventania foi tão bem vinda... Mas aquela outra sensação, não some.Como cartas de baralho embaralhadas e um dia alguém aparece para separá-las por cor, então tudo fica belo de se ver de novo. E para o externo você passa a ser como o sol e ninguém entende, mas vê o sol.
Antes era só uma música, agora não importa qual... Basta tocar pro vento passar desarrumando tudo de novo. Um copo de água, e mais um, então outro, tentando recobrar o fôlego e retomar os pensamentos que estão a mil ou às vezes estagnados em uma única coisa, como uma estátua. Desejando não abrir os olhos e se abrir...desejando ver melhor do que quando os olhos estavam fechados. Vermelho, um sorriso, uma gargalhada, olhos e vermelho mais milhares de vezes.

Um comentário:

meus instantes e momentos disse...

bonito teu modo de escrever. Gostei daqui, vou voltar muito, com certeza.
Tenha um belo final de semana.
Maurizio