segunda-feira, 28 de julho de 2008

Esclarecimentos sobre mim para mim.


A questão é: quando colocaram a ervilha (ou sei lá o que) em baixo dos mil colchões da princesa ela deixou de sentir que o feijão estava ali?
É uma ótima comparação, pelo menos pra mim, até porque esse um texto feito pra mim. Então mais ninguém precisa entender ou saber do que eu estou falando.
A menina que foi deitar nos colchões só foi considerada como uma verdadeira princesa porque ela sentiu a ervilha.
Tem coisas que realmente são engraçadas, claro! Até porque se você não rir... Benditos colchões e bendita ervilha. E bendita princesa também, ela não deveria ser princesa. Não deveria ter se feito princesa. Não deveria ter batido na porta do castelo pedindo abrigo para fugir da chuva e para ter uma boa noite de sono. Muito menos ter dito que era princesa... E o príncipe não deveria ter criado a possibilidade de que ela talvez fosse a sua princesa. A perfeita pra ele. Não que ela fosse perfeita, mas ela era perfeita para ele e faria o que não era perfeito ser perfeito mesmo sem ser.
Lembrei agora de uma frase dita pra mim. Frases... É estranho alguém que consegue expor tão bem metáforas para específicas pessoas não conseguir absorver outras metáforas. É como ser destro e tentar ser canhoto ou ser canhoto e tentar ser destro, você sabe escrever, sabe como segurar na caneta... Mas quando tenta utilizar a mão que não lhe é comum, tudo fica ilegível.
Momento de um pensamento aleatório: o destino é uma coisa tão estranha. Digo isso porque ele causa várias sensações e elas são estranhas, ou pelo menos tendem a isso. Ele é irônico, possui certo sarcasmo, uma pitada de humor negro e uma boa dose de mistério. Quase um enigma. Mas chega ser realmente de pasmar como ele pode ser doce, esclarecedor, perfeito e engraçado. Destino... Já parou pra reparar que às vezes você até advinha qual é o seu, tem certeza de como ele vai ser, mas mesmo assim você ainda consegue se surpreender? Ou então quando você um dia só pensa, nem imagina que algo possa acontecer e então esse algo acontece? E já percebeu como isso pode deixar as pessoas completamente bobas achando que é um tipo de resposta eterna? Eu só sei que eu prefiro nem pensar no destino, mesmo sabendo que ele existe e mesmo tendo minhas apostas pro meu... Porque se eu ficar pensando nisso, pode ter certeza que aos normais eu não pertencerei.
Voltando a princesa e a ervilha. Era destino. Ela era tão verdadeira e tão delicada que foi capaz de sentir a ervilha e eram vinte colchões tentando fazer ela não ser o par perfeito. E a gente com um colchão costuma jogar tudo fora.Colchões...
Outro ponto é que o príncipe não esperava que ela fosse bater na porta de seu castelo, querendo fugir da chuva e ela, a princesa, não imaginaria que naquele castelo estaria o amor da sua vida. Se não fosse a chuva e se não fosse a hora em que ela resolveu dar um passeio ou qualquer coisa do gênero. Se os outros castelos não tivessem fechado suas portas para ela... Se não fosse nada disso ele continuaria sua caçada pelo mundo procurando por ela. As coisas têm sua hora certa, mas é tão difícil lhe dar com isso. Ainda mais quando somos jovens, cheios de expectativas e sonhos. Temos tanta fome que não existe tempo nem hora pra nada. Mas tudo tem sua, tudo. A hora pra ser perfeito. Não vamos colocar toda a responsabilidade no tempo-chato, às vezes a vida e as oportunidades batem na nossa porta mais de uma vez, e a gente por falta de sensibilidade com o momento não percebe as batidas. Já era madrugada quando a princesa bateu na porta, as pessoas podiam ter continuado dormindo...
Não vou dizer o que eu espero. Fiquemos de olho na ervilha, na princesa e no príncipe.



2 comentários:

. disse...

A vida é uma sucessão de portas ao que parece...
Que cada qual possa achar a sua porta!E a ervilha?rsrs
Bjos

meus instantes e momentos disse...

Lindo blog, gostei de vir visitar. Valeu. Gostei daqui.
Tenha uma bela noite.
Maurizio